Quase dez anos de anotações. As embriagadas estão marcadas com um sinal. Não que precisasse, a letra e o traço denunciam.
Nada que preste. Uma coisa é certa: a embriaguez não deixa você mais esperto. Por outro lado, também não muito mais burro: os textos, desenhos e partituras sóbrios também são puro lixo.
Então, por quê?
Não sei a resposta, mas sei de algumas que já descartei há muito tempo. A principal:
"Porque eu gosto." Não. Há uma diferença entre uma resposta válida e uma resposta satisfatória. Imaginemos um sujeito que só se veste de preto. Eu pergunto o motivo e você me responde: "Ah, é uma tradição de três gerações na família dele, até os móveis e utensílios domésticos da casa dele são pretos etc. etc." Peço a prova. Você me leva à casa dele, mostra fotos da família. Ok, tá explicado.
Agora digamos que a resposta fosse "Ah, porque ele gosta muito de roupas pretas". Peço a prova. Você responde "É só observar, ele sempre veste preto". "Sim, mas por qual motivo?" - "Porque ele gosta muito de roupas pretas". Resposta válida, mas insatisfatória. Leva a um loop infinito.
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